
Saímos em uma tarde de sábado a fim de encontrar um local para almoçar. Partimos de Belo Horizonte com destino à BR 040, sentido RJ, mas sem uma cidade em mente. Entramos no trevo para Ouro Preto e paramos em um posto de combustível. O frentista indicou Amarantina. Como nunca tínhamos ouvido falar, perfeito!

Chegamos ao pequeno distrito com fome e uma moradora indicou um bar na entrada da cidade que já não servia mais almoço, afinal, o relógio já marcava mais de duas horas. O próprio dono do bar recomendou o
BAR DO EDUARDO (Bar do'duardo).

Fomos recebidos pelo Eduardo que nos atendeu com muita atenção falando sobre o prato do dia: Feijão Tropeiro Completo para duas pessoas (R$ 24,00). Aceitamos e aguardamos tomando uma cerveja gelada (R$ 3,50).
A comida foi servida em 10 minutos, quentinha e com ótima aparência. O sabor não deixou a desejar com um tempero de comida caseira de uma legítima culinária mineira. Após servidos, o Eduardo nos consultou umas duas vezes para saber se havíamos gostado da comida ou se precisávamos de algo a mais.
O lugar, apesar de simples, é muito agradável, ventilado e limpo.

Para conhecer o BAR DO EDUARDO, segue abaixo a foto do cartão com o endereço.


Na hora de pagar a conta, Eduardo nos indicou visitar o
MUSEU DAS REDUÇÕES que ficava a 2 minutos de carro. Em toda a cidade, há placas indicando como chegar.

O museu apresenta 27 miniaturas em escala 1:25 de várias edificações como igrejas, fortes, edifícios públicos e pontos turísticos famosos como o Palácio da Alvorada e a Igrejinha da Pampulha.

As miniaturas são surpreendentes em seus detalhes. Os artistas procuraram utilizar ou reproduzir materiais da época para recriar as construções. O que nos surpreendeu foi o fato de que todas as peças foram feitas por quatro aposentados que não tinham formação em arquitetura. O trabalho levou 28 anos para ser concluido o que resultou em um prêmio nacional da Revista Quatro Rodas. Como não é possível fotografar dentro do museu, indicamos que visite o site
http://www.projetoreducao.com.br/conheca.html para saber mais. A visita é R$ 8 por pessoa tendo direito à meia-entrada.

Ao sair do museu, encontramos uma placa muito simpática que dizia: Sorvete Dois Irmãos. Paramos o carro e entramos na casa do Ivan, um dos irmãos, que nos recebeu com um sorriso encantador. Entre as cadeiras, moradores da região disputavam o pouco espaço para escolher os sabores do freezer.

Experimentamos o de maracujá, banana e abacaxi com coco. Segundo o Ivan, os sorvetes são feitos na na casa por ele e sua mãe. A produção caseira tem qualidade de sorveterias caras da capital. Os pedaços das frutas e o sabor chamavam atenção.

A simplicidade do lugar era um charme a parte. Quando perguntamos quanto era um copo d`água, Ivan ficou apertado, pois não vendia copos de água industrializados. Mas para não nos deixar com sede, pediu para um amigo buscar a garrafa na geladeira da sua casa e nos serviu com a maior satisfação. Nossa opção foi 1 cascão com 3 bolas (R$ 3,50) e 1 cascão com duas bolas (R$ 2,50). Detalhe: as bolas são enormes!

Andando pela cidade, encontramos uma população receptiva que não economiza sorrisos ao dar informações a turistas. As casas são simples, a cidade é limpa, as ruas são estreitas, mas de fácil acesso.

Encontramos casas em estilo colonial como a Casa Paroquial (direita da foto abaixo).

No alto do centro do distrito, vemos a igreja católica. Estava fechada quando chegamos, mas a própria fachada demonstra preservação e devoção da população.

Logo abaixo da igreja encontramos uma ruina tomada de mato entre suas paredes de pedra. Não descobrimos o que era, mas a funcionária do supermecado em frente disse sem muita segurança que se tratava de "algo... uma casa de escravos".

Se ficou interessado, para chegar não é difícil. No sentido BH-RJ, pegue o trevo na BR-040 para Ouro Preto. Siga pela BR-356 até aproximadamente o KM 64,5.

Você vai passar pela a entrada da cidade de Itabirito, Coelho e logo em seguida encontrará a placa acima.
Ao entrar à direita, encontrará a mercearia do trevo. Pegue a estrada à esquerda e siga direto até encontrar o centro de Amarantina. Cuidado com a velocidade na estrada. Apesar de estreita, passam ônibus de viagem.

Se quiser informações sobre a história da cidade e dados sobre a população, acesse o link da Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Amarantina
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Boa viagem!